Como se destacar no e-commerce segmentado

· PATYMARKETING
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Há trinta anos era difícil imaginar um empreendedor abrindo uma empresa para vender acessórios para a criação de vasos artesanais com detalhes mexicano-indígenas. Passados esses trinta anos, o segmento de acessórios para vasos artesanais com detalhes mexicano-indígenas ainda não se tornou um segmento super famoso no mercado, mas ninguém hoje em dia poderia afirmar que é um ramo sem nenhum potencial. Isso porque a segmentação deixou de ser uma exceção para se tornar um pré-requisito às pequenas e médias empresas. Se não há como competir de frente com grandes players, como B2W e Nova Pontocom, a melhor alternativa é focar nos mais variados nichos que o comércio oferece, especialmente no meio virtual.

Com a previsão crescimento de 25%, com relação ao mesmo período do ano passado, para o e-commerce nacional, o momento é extremamente propício para o desenvolvimento de novas iniciativas empresariais que valorizem nichos. No entanto, se por um lado a expansão do mercado online brasileiro nos próximos anos irá trazer benefícios, todo esse crescimento também tem o seu ônus. Com a ampliação de oportunidades é natural que ocorra uma proliferação de empreendimentos no Brasil, o que significa mais competitividade, até mesmo para aqueles estabelecidos em nichos.

Para Juliano Souza, Diretor de Marketing da Giuliana Flores – loja online especializada em flores e cestas de café da manhã -, este cenário pode ser analisado por dois ângulos. “Num primeiro momento, é extremamente positiva a movimentação do mercado, pois os consumidores vão se adaptando e se acostumando com a ideia de consumir estes itens de forma online. A empresa e suas concorrentes passam a aquecer o mercado a princípio de nicho e vão aos poucos evoluindo e atingindo um público mais de ‘massa’, ou seja, surgem novos clientes e novas possibilidades de negócio. Em contrapartida, as empresas deverão estar bem atentas aos investimentos em publicidade e propaganda, tecnologia e outros recursos visando otimizar os seus serviços, pois a concorrência será maior”,  assinala.

Se tratando de competitividade, o executivo acrescenta que, embora os grandes varejistas sejam sempre uma ameaça, os comerciantes devem procurar sobressair-se entre aqueles que atuam em seu próprio nicho. “Os principais players já estão no mercado online, cabe aos players de portes menores o desafio de se destacar diante de seus concorrentes diretos”, afirma Juliano. Esta opinião é particularmente compartilhada por Natan Sztamfater, fundador da PortCasa – empresa de varejo especializada em produtos de cama, mesa, banho e life style. “Os  segmentos de nicho, em geral, não concorrem diretamente com os grandes varejistas o que permite aos lojistas trabalharem com margens maiores, o que não é muito comum nos principais segmentos como eletrônicos, tênis e etc.”, detalha Natan.

Uma alternativa, neste caso, é dividir os players em dois grupos, diz Nicolas Basen, sócio-fundador da Lojas Móveis Mais – empresa especializada em materiais para casa e decoração. Para o empresário, os competidores do segmento são sim a maior ameaça, embora as grandes operações não devam ser descartadas, ao menos quando o objetivo é destacar-se no mercado. “Quando decidimos iniciar nosso e-commerce, a primeira providência que tomamos foi localizar nossos concorrentes em potencial. Acabamos chegando a dois grupos de empresas: os grandes players (Casas Bahias, Ponto Frio e etc..) e um outro grupo, que atendia demandas especificas de seus clientes”, afirma. Nicolas acredita que é possível atuar e se destacar em um nicho mesmo quando este já está ocupado. “Apesar de já existirem empresas voltadas a atender o mesmo segmento que o nosso, casa e decoração, optamos por esse caminho devido às inúmeras oportunidades de expansão”, finaliza o comerciante.

A escolha das ferramentas que serão utilizadas também se desdobra em um processo importante para atingir o sucesso em e-commerce de nicho. Facebook, links patrocinados, promoções nas redes sociais, e-mail-marketing… Uma série de opções surge diante do empreendedor, mas qual a melhor opção? De acordo com Juliano Souza, os lojistas não devem buscar a solução definitiva em uma única ferramenta, mas sim em um conjunto delas, de acordo com o público que você está tentando atingir. “Cabe à empresa estudar o comportamento de seu público para interagir com ele e também analisar previamente as situações onde poderão captar e fidelizar novos clientes em potencial”, conclui Juliano.

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Categoria: Pesquisas

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